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Cartilha celebra 16 anos de contribuição dos digitalizadores surdos à modernização do STJ

Em homenagem ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quarta-feira (3), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) disponibilizou na Biblioteca Digital Jurídica (BDJur) uma cartilha sobre o serviço de digitalização de processos realizado por pessoas com deficiência auditiva. A publicação é resultado de uma parceria entre a Secretaria Judiciária e a Coordenadoria de Acessibilidade e Inclusão do tribunal.​​​​​​​​​

Desde 2009, os colaboradores surdos do STJ já digitalizaram mais de um milhão de processos, ou cerca de 384 milhões de páginas, e hoje se dedicam a novas tarefas.
Disponível em português, inglês, espanhol e francês, o material registra a atuação dos colaboradores surdos que, desde 2009, já digitalizaram mais de um milhão de processos, o equivalente a cerca de 384 milhões de páginas.

A cartilha conta a história desse projeto, que está completando 16 anos, e mostra como o trabalho foi fundamental para reduzir custos, acelerar a tramitação processual e modernizar o tribunal.

Digitalização preserva memória do Judiciário

A publicação também explica a mudança gradual que marcou o trabalho dos digitalizadores nesse período: com a redução dos processos físicos – graças à conclusão da digitalização dos acervos do STJ e de tribunais parceiros, como os Tribunais Regionais Federais da 1ª Região (TRF1) e da 6 ª Região (TRF6) –, eles passaram a atuar em novas tarefas.

Um desses serviços é a digitalização de livros, periódicos e obras raras da Biblioteca do STJ. Também foi iniciada a virtualização dos Diários de Justiça publicados entre 1949 e 1989, o que contribuirá para preservar a memória do Poder Judiciário e beneficiará pesquisadores de diversas áreas.

Iniciativa de inclusão é referência no setor público

A contratação dos surdos representou, além de ganhos operacionais, um impacto social significativo. Ao incluir pessoas historicamente afastadas do mercado de trabalho e permitir que desenvolvessem novas habilidades, a iniciativa do tribunal se tornou referência nacional no setor público.

Desde então, a corte passou a ser procurada para compartilhar a experiência, a qual já foi replicada por órgãos como o TRF1 e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Projeto Sinais de Justiça fortalece a integração social e profissional

O lançamento da cartilha também marca a etapa final do projeto Sinais de Justiça, criado neste ano para ampliar as ações de inclusão e valorização dos colaboradores surdos no tribunal.

Entre essas realizações estão a revitalização do espaço de trabalho dos digitalizadores, a ampliação de sua atuação para atividades estratégicas da transformação digital e a celebração de novas parcerias institucionais.

Com o objetivo de ampliar a integração social e profissional, foram adotadas iniciativas para treinar servidores do tribunal na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e aprofundar o entendimento sobre acessibilidade e o enfrentamento do capacitismo.

Acesse a cartilha sobre o trabalho dos colaboradores surdos do tribunal.